quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A Justiça Federal no Pará determinou na terça-feira (27) a imediata paralisação das obras da usina de Belo Monte no rio Xingu, por considerar que 1.000 famílias que dependem da pesca serão prejudicadas. A decisão foi divulgada hoje.

Na liminar, o juiz federal Carlos Eduardo Castro Martins, da 9ª Vara Ambiental, proíbe "qualquer obra que venha a interferir no curso natural" do rio.

A implantação do canteiro de obras e de alojamentos, porém, não está suspensa.

A decisão judicial foi resultado de uma ação da Associação dos Criadores e Exportadores de Peixes Ornamentais de Altamira (PA). A associação diz que a hidrelétrica vai inviabilizar a atividade pesqueira na região, pois as principais espécies de peixes seriam extintas.

Para o juiz, o prazo estabelecido para compensar quem vive da pesca é muito longo. Segundo ele, o projeto ambiental de Belo Monte só permite que pescadores retomem as atividades em 2020, prazo da última fase do projeto de aquicultura.

Caso descumpra a decisão, o consórcio Norte Energia, responsável pelas obras, terá de pagar multa diária de R$ 200 mil.

O Ibama concedeu em junho a licença de instalação de Belo Monte, que autoriza o início das obras. O Ministério Público Federal no Pará pediu a suspensão da licença.

A Norte Energia disse que ainda não foi notificada da decisão e que já prevê ações para mitigar impactos na pesca.


Fonte: Felipe Luchete, Folha.com

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terça-feira, 3 de maio de 2011

Não entendo porque as pessoas insistem em buscar a prova da não existência de Deus na demonstração de que todas as coisas mais magníficas da natureza são explicáveis por fatos simples e naturais. Ora, se é Deus O Criador de todas as coisas e de todos os princípios naturais, que sentido teria se ele contradissesse sua própria criação ao usar meios sobrenaturais para reger os ciclos do universo? Para mim quanto mais simples é a explicação de uma maravilha da natureza mais eu vejo neste pequeno pedaço de milagre a Natrureza do Criador.
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quarta-feira, 6 de abril de 2011

A dor nos ensina a evitar situações prejudiciais. Ela provoca respostas reflexas de retirada do corpo dos estímulos nocivos. Ela nos induz a manter em repouso uma parte lesionada de nosso corpo. A dor é vital. Os argumentos mais convincentes para os benefícios funcionais da dor são os casos muito raros de pessoas que nasceram sem a capacidade de sentir dor. Elas passam a vida inteira em constante perigo de autodestruição pois não conseguem se dar conta das consequencias prejudiciais de seus atos. Essas pessoas frequentemente morrem precocemente.

Uma canadense nascida com insensibilidade a estímulos dolorosos não possuía qualquer outro déficit sensorial e era inteligente. Apesar de um treinamento desde cedo para evitar situações danosas, ela desenvolveu degenerações progressivas de suas articulações e da coluna vertebral, levando à deformação de seu esqueleto, degeneração, infecção e, finalmente, à morte aos 28 anos.

Aparentemente, baixos níveis de atividade nociceptiva são importantes durante as tarefas cotidianas para nos avisar quando um determinado movimento ou uma postura prolongada estiver forçando muito nosso corpo. Mesmo durante o sono, a nocicepção(recepção de dor) pode ser o estímulo determinante para que mudemos de posição na cama frequentemente. para previnir escaras ou excesso de tensão sobre o esqueleto.

Pessoas com ausência de dor congênita nos revelam que a dor é uma sensação particular e não simplesmente um excesso de outras sensações. Tais pessoas possuem usualmente uma capacidade normal para perceber os demais estímulos sensoriais somáticos. Entre as possíveis causas está uma falha no desenvolvimento periférico dos nociceptores, ou, ainda transmissão sináptica alterada nas vias mediadoras da sensação de dor no Sistema Nervoso Central. Seja como for, a vida sem dor não é uma benção.

Fonte: Mark F. Bear; Barry W. Connors; Michael A. Paradiso. Neurociências - Desvendando o Sistema Nervoso
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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Depois de um semestre puxado chegou ao fim meu ano letivo, e aí entra aquela vontade quase inevitável de passar os 2 meses em ócio total. Mas agora que as férias já estão se aproximando do fim eu finalmente tomei coragem para lançar uma postagem de verdade.

Vou começar falando sobre um assunto que é, para mim, particularmente interessante, pois a pouco tempo recebi o contato de um professor que me lecionava quimica orgânica (Thiago Veiga, ótimo professor por sinal) me convidando para uma conversa sobre a possibilidade de eu iniciar com ele um projeto de inciação científica. Sua área de atuação é voltada à agroquímica (aplicação da química a agricultura, com uma forte relação com a bioquímica). Mas enfim, vamos a matéria.


Em 1972 constatou-se pela primeira vez uma incrível ação inseticida em uma substância membro de um grupo chamado de neonicotinóides, este composto era a nitiazina, cuja molécula era derivada da nicotina. A ação destes pesticidas é a capacidade deles de se ligarem aos recepetores de nicotina dos insetos, causando paralisia instantânea e morte em alguns minutos. Ta, mas o que tem de interessante nisso? É simples, o que se notou era que apesar do estrago que causava nos pobres invertebrados o pesticida não atuava nos recepetores dos vertebrados! Isso era algo muito interessante, visto que poderia ser utilizado sem causar dano algum a saúde humana, ou animal (será que eu acredito?). Mas foi só na década de 90, com a descoberta do imidaclopride que os tais neonicotinóides passaram a ser produzidos para consumo (por uma empresa subsidiada a Bayer AG no Japão) e fazer sucesso pelo mundo a fora, por ser mais eficiente. Com tempo o "milagroso" insecticida ganhou o mundo através de várias versões, sendo utilizado tanto para uso veterinário como para proteção de colheitas.

Mas, o que estes cientistas esqueceram (ou ignoraram) é o simples fato de que os "funcionários" mais fiéis da agricultura em todo o mundo são humildes invertebrados, ou seja, são abelhas!
Teriam as abelhas alguma chance contra um inseticida tão poderoso? Segundos os cientistas da Bayer sim! Usando as palavras de artigo publicado no portal ecodebate:

Imidaclopride é o pesticida mais vendido pela Bayer CropScience e é utilizado em mais de 120 países. A Bayer mantém a versão de que os neonicotinóides que são seguros para as abelhas desde que corretamente aplicados"

A Afirmação surgiu para tentar se livrar da culpa pelos alarmantes fatos. Por exemplo, na Alemanha foi suspenso em maio de 2008 o uso dos neonicotinóides após 700 agricultores ao longo do Reno, terem informado que dois terço de suas abelhas haviam morrido. Já na França os neonicotinóides foram proibidos desde 1999, e 2003 em girassóis quando um terço das abelhas já haviam sido exterminadas.

Poucas pessoas sabem que as abelhas prestam serviços ambientais muito mais relevantes do que a mera produção de mel. As mais de 20 mil especies de abelhas polinizam a floração de, pelo menos, 90 culturas, tais como maçãs, nozes, abacates, soja, aspargos, brócolis, aipo, abóbora e pepino, laranjas, limões, pêssegos, kiwi, cerejas, morangos, melões, milho, etc. como disse o Henrique Cortez do Ecodebate

Diante desta situação tem aqueles que concordam com a Bayer e dizem: “Proibir pesticidas, utilizando o princípio da precaução, não é baseado em boa ciência. Pragas e doenças são os problemas enfrentados por abelhas no Reino Unido. O governo precisa colocar mais dinheiro em pesquisa na saúde de abelhas”. - Paul Chambers, conselheiro da National Farmers Union.

e aqueles que pedem pelo menos para que a utilização seja suspensa para que uma pesquisa seja feita de forma mais minuciosa da causa do extermínio de abelhas. Como o site Avaaz.org que fez uma petição para coletar 1 milhão de assinaturas com esta finalidade.

Nasta situação, de que lado ficar? Cabe a você escolher.

Fontes:
Neonicotinóides
Associação inglesa apela pela proibição de pesticidas neonicotinóides para evitar a morte de abelhas
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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Segue apenas uma postagem sobre um assunto que eu julgo interessante para estreiar o blog. Em breve redigirei uma matéria de minha própria autoria. aí vai:


Belo Monte seria maior que o Canal do Panamá, inundando 100.000 hectares de floresta, expulsando 40.000 indígenas e populações locais e destruindo o habitat precioso de inúmeras espécies -- tudo isto para criar energia que poderia ser facilmente gerada com maiores investimentos em eficiência energética.

A pressão sobre a Presidente Dilma está aumentando: o Presidente do IBAMA acabou de renunciar, se recusando a emitir a licença ambiental de Belo Monte e expondo a pressão política para empurrar este projeto devastador adiante. Especialistas, lideranças indígenas e a sociedade civil concordam que Belo Monte é um desastre ambiental no coração da Amazônia.

As obras poderão começar logo - vamos aumentar a pressão para Dilma parar Belo Monte! Assine a petição, antes que as escavadeiras comecem a trabalhar -- ela será entregue em Brasília. Clique no link abaixo para assinar a petição



Fonte: Avaaz.org

Alguns links para ler um pouco mais sobre os problemas que a hidrelétrica trará:


Boa leitura, e até breve!

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