Postagens Recentes em nosso Blog!

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Quem não gosta de consumir alimentos sempre frescos, de qualidade e seguros? Cultivar horta orgânica em casa ou em apartamento é uma ótima opção de ter sempre a mão alimentos frescos, saudáveis, higiênicos e seguros, ou seja, livre de agrotóxicos. Além de dar um toque todo especial à decoração do ambiente externo do domicílio, deixando-o mais verde e acolhedor. E mais, os benefícios de se ter uma horta orgânica não param por aqui, a Biocaminhos – Jardinagem, Paisagismo e Consultoria elencou para você alguns motivos para ter uma horta orgânica em casa, ou apartamento, confira:
  •  Estilo de vida mais saudável: ter uma horta orgânica em casa é um bom incentivo para consumir vegetais no dia a dia. Além dos diversos benefícios que os alimentos orgânicos oferecerem à saúde e ao bem estar das pessoas que o produzem e consomem esses alimentos também oferecem segurança às crianças e aos animais por não utilizar produtos nocivos à saúde e ao ambiente durante a sua produção. 
  • Atividade com as crianças: cuidar da horta pode ser uma boa atividade para ser desenvolvida com a família. Para quem tem crianças em casa, o contato com a terra e o encantamento delas ao ver o desenvolvimento de uma planta, pode lhes proporcionar uma maravilhosa experiência, além de ensinar lições de responsabilidade, de respeito para com a natureza e desenvolver o gosto delas em consumir alimentos mais saudáveis.
  • Criação de espaço de convívio social e de educação ambiental: para quem mora em condomínios, cultivar horta orgânica comunitária pode ser uma boa iniciativa para envolver os condôminos e gerar maior convivência, fortalecendo vínculos de amizade entre eles. Além de lhes proporcionar uma vivência diferente através de atividades como plantar, regar e colher, o contato com a terra pode ser um incentivo para os moradores se sensibilizarem com práticas e consumo de alimentos mais saudáveis e ecologicamente corretos, e com o uso sustentável da terra e dos recursos naturais que há no planeta.  
  • Produção de alimentos saudáveis sem o uso de agrotóxicos: é importante entender a diferença entre agricultura convencional e agricultura sustentável: na agricultura convencional há a utilização indiscriminada de agrotóxicos, que é responsável por diversos problemas ambientais, como contaminação de alimentos, de solo e de água; e intoxicação de animais e de pessoas (agricultores e consumidores); a agricultura orgânica busca desenvolver sistemas para a produção de alimentos em harmonia com o homem e o ambiente de forma equilibrada e sustentável; é um sistema que permite alcançar bons níveis de produtividade, evitando ao mesmo tempo os riscos de contaminação química do produtor, dos consumidores e do ambiente (solo, rios, ar, animais, etc). A adoção desse sistema garante às pessoas alimentos mais seguros e saudáveis, além de contribuir para a proteção dos recursos naturais.
0

sábado, 23 de julho de 2016


Utilizando uma citação apresentada pela PUC Rio em seu curso de Pós-graduação em Paisagismo Ecológico podemos explicar o Paisagismo Ecológico da seguinte forma:
"O PAISAGISMO ECOLÓGICO regenera a multifuncionalidade de paisagens em diversas escalas, mimetizando a natureza. É de fundamental relevância para a sustentabilidade, resiliência e qualidade de vida em áreas urbanas, periurbanas e rurais. Projetos paisagísticos ecológicos, além da beleza estética, mantêm e restabelecem os processos e fluxos das águas, da biodiversidade e das pessoas. Atualmente enfrentamos crises sistêmicas que demandam conhecimentos tanto nas áreas geo-biofísicas quanto nas áreas socioculturais que interagem onde as pessoas vivem."
      A palavra “ecológico” tem sido utilizada ultimamente como sinônimo de algo de baixo impacto ambiental. Porém, a palavra possui um sentido mais amplo que vai além disso. Ecologia para a ciência é o estudo das relações dos seres vivos entre eles e com o meio em que vivem. Com isto em mente, um jardim ecológico, vai além de apenas um jardim de baixo impacto, significa buscarmos entender o ecossistema em que o jardim está inserido e projetar jardins que aproveitem a imensa biodiversidade brasileira. 

      O jardim ecológico no entanto, diferencia-se de uma restauração ecológica, na qual se busca apenas retornar o ambiente degradado, a um estado o mais próximo possível do original. A restauração ecológica é algo muito útil para recuperar matas ciliares, reservas legais e áreas onde se pretende criar refúgios para a vida silvestre, mas pode ser incompatível com as atividades humanas. Por isso o jardim ecológico busca inserir natureza no cotidiano do ser humano permitindo uma relação mais harmônica com o ambiente. 

Para entender melhor sobre os Jardins Ecológicos, um dos produtos oferecidos pela Biocaminhos entre em contato pelo email: contato.biocaminhos@gmail.com 

Obrigado!
0

Centro da da Cidade de São Paulo - Imagem de The Photographer/Wikimedia Commons
      O dado mais recente divulgado pelo IBGE em 2014 diz que 85,43% da população brasileira vive em área urbana. sabemos que na grande maioria dos espaços urbanos, principalmente nas grandes metrópoles onde residem a maior parte da população brasileira a vegetação natural cedeu espaço ao asfalto e concreto, as áreas verdes muitas vezes são empurradas para pequenos canteiros e praças. Apenas para citar um exemplo em números a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as cidades possuam uma área verde de no mínimo 12 m² por habitante, a média da cidade de São Paulo calculada pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA) no ano de 2011 é de 12,5 m²/hab., poderíamos dizer que São Paulo está dentro do limite, no entanto como estamos falando de uma cidade com imensa área urbana está média fica muito distorcida, pois mais da metade de toda a área verde está concentrada no extremo sul e norte do município. A maioria dos distritos do município possuem abaixo de 6 m²/hab. e vários distritos extremamente populosos como Cidade Ademar, Mooca, Campo Limpo, etc. não chegam a 1m²/hab. de área verde, tratam-se de imensas ilhas cinzas. Claro que a realidade de São Paulo não é idêntica em todos as grandes cidades brasileiras, algumas cidades como Curitiba, Maringá, etc. possuem índices muito melhores. No entanto, sabemos que o mesmo caminho que transformou cidades como São Paulo, originalmente situado no interior da região mais biodiversa da Mata Atlântica em uma imensa mancha cinzenta pode acometer outros centros urbanos em expansão, aumentando ainda mais a importância do crescimento sustentado das cidades emergentes.
Vista aérea da Cidade de Maringá - PR - Imagem de Mário Roberto Durán Ortiz/Wikimedia Commons
      Mas, de fato, qual a importância das áreas verdes para o ser humano? Bem antes de mais nada existe uma importância que não precisa ser explicada em termos científicos, ou talvez nem mesmo necessite ser explicada de forma alguma, que é a incrível capacidade que as áreas verdes tem de tornar ambientes agradáveis e adequados à vida. Talvez pelo simples fatos de nós, seres humanos, não termos sido criados para uma vida tão artificial como a que somos submetidos nos centros urbanos. No entanto se avaliarmos a questão mais técnica da importância das áreas verdes podemos citar alguns pontos:

  • Áreas arborizadas ajudam na regulação da temperatura local pela retirada de Gás Carbônico (CO2), pelo sombreamento, pelo aumento da umidade local pela evapotranspiração, etc.
  • Várias plantas possuem a incrível capacidade de funcionarem como filtros naturais atuando na retirada de poluentes químicos emitidos por exemplo por automóveis e indústrias
  • As plantas funcionam como barreiras sonoras para diminuir o ruído de avenidas, centros urbanos e indústrias e ainda barreira contra partículas de poeira e fuligem.
  • As raízes retêm água e as folhas interceptam as gotas de chuva diminuindo o escoamento na superfície e aumentando a penetração da água no solo atuando para evitar enchentes.  E também atuam evitando secas através da retirada de água dos horizontes (camadas) mais profundas do solo. Deste modo atuam como reguladoras do ciclo hídrico.
  • Protegem as margens de rios da erosão (movimentação do solo) e assoreamento (acúmulo de sedimentos nos rios tornando-os mais rasos) e filtrando poluentes que podem chegar até a água
  • Servem como abrigo da fauna permitindo a presença de aves e pequenos mamíferos nos centros urbanos evitando a sua extinção e combatendo pragas urbanas
  • Valorização estética e financeira de bairros e imóveis neles localizados
  • Entre muitos outros que poderiam ser citados. 
 Ciclovia e via arborizada na Zona Leste de São Paulo - Imagem de Danilo Prudêncio Silva

   
0

quinta-feira, 31 de março de 2016

Gabriela Biló / Estadão
A imagem da imensa quantidade de lama chegando ao mar vinda do desastre de Mariana, a cor de uma área imensa de oceano sendo alterada por um incidente a centenas de quilômetros me pareceu adequada para abrir este tema: Valoração de Danos ao Meio Ambiente

Quando se pensa em preservação do meio ambiente na economia, em especial na produção industrial e agrícola e mineração, fala-se de uma internalização de custos ambientais. Estes custos são chamados na língua dos economistas de "externalidades", isto porque são considerados subprodutos da sua produção, que, caso não aja regulação adequada, não vão ser computados nos custos da empresa e vão ser pagos pela sociedade. Os custos ambientais são muitas vezes imensuráveis, pois apesar de ser fácil de calcular o gasto extra que uma empresa tem em seu processo produtivo para evitar uma determinada poluição ambiental é, em geral, muito difícil de se computar com exatidão qual teria sido o custo para o meio ambiente caso este gasto não tivesse ocorrido (veja o caso de Mariana). Isto porque o custo de um impacto ambiental não é medido apenas financeiramente, a vida não pode ser traduzida apenas em dinheiro, além disso os custos financeiros para sociedade oriundos da degradação ambiental difundem-se de modo muitas vezes imprevisíveis. 

Por outro lado os gastos que uma empresa tem para realizar a conservação do meio ambiente, seja otimizando o seu processo produtivo, gerenciando os seus resíduos ou monitorando os seus riscos,  geram “bens” que serão repassados para toda a sociedade. Estes também são externalidades, mas desta vez positivas. O problema é que do mesmo modo que o negativo, se não houver regulação, não haverá necessariamente, um retorno financeiro imediato dos benefícios usufruídos pela sociedade (ou seja, não geram lucro), embora na maioria dos casos este retorno ocorra, por vezes de modo incalculável. O tributo (redução de impostos, incentivos, etc.) orientado de modo a privilegiar aquele que sustenta processos produtivos benéficos ao meio ambiente é apenas um exemplo de modo de tratar com igualdade aquele que já contribuiu com a sociedade e aquele que contribuiu apenas com seu próprio lucro. Casos não aja nenhum benefício para o que teve um custo maior com a conservação da natureza, estaríamos favorecendo o produtor menos consciente a ter menor custo e maior lucro, podendo tornar-se mais competitivo e ter um favorecimento econômico.
Vale relembrar que no Brasil, e em muitas partes do mundo, a maior parte da sociedade incluindo aquela detentora de maior poder financeiro não tem uma mentalidade de proteção ambiental como a proteção de um bem essencial a vida a ponto de abrir mão de parte de seu ganho financeiro de modo a possibilitar que os recursos naturais sejam preservados. Ainda vivemos em uma sociedade pautada pela ideia do retorno financeiro para qualquer gasto, ou seja, ainda se entende que o único retorno realmente louvável de um investimento financeiro é mais dinheiro.

Este tema tem muito o que ser discutido, tentarei falar mais sobre ele em breve.
 
0